Em apenas nove dias, quatro mulheres foram mortas em Mato Grosso, neste ano. Angélica Aparecida Gaio, de 30 anos, é a última vítima.
O crime, segundo a Polícia Militar, aconteceu na manhã deste sábado (9), em uma residência localizada na Rua Bandeirantes, no bairro Bela Vista, na cidade de Sorriso (440 Km ao Norte de Cuiabá).
O autor do disparo, feito com uma espingarda de pressão, foi o marido de Angélica, que não teve o nome e a idade divulgados.
O acusado alegou que foi um tiro acidental, mas, oficialment,e o caso ainda será apurado pela Polícia Civil, que aguarda os laudos da Perícia Oficial do Estado (Politec) para oficialiar se foi um acidente ou não.
Angélica levou um tiro no rosto e ainda chegou a ser levada para o Hospital Regional.
No entanto, não resistiu ao grave ferimento e faleceu logo em seguida.
Segundo o sargento Almeida, da Polícia Militar, o marido de Angélica confessou que apontou a espingarda para o rosto da companheira, quando acabou ocorrendo o disparo acidental.
“Ele falou que já tinha puxado o gatilho três vezes, com a espingarda apontada para baixo. Ele levantou a arma e apontou para o rosto da esposa. Na quarta "‘puxada", atingiu a mulher”, disse o militar.
O acusado explicou aos policiais que trabalha como marceneiro e tinha ido até a residência para prestar um serviço. No local, encontrou a espingarda de pressão e começou a manuseá-la.
A arma pertence ao proprietário da casa, que estava tomando banho no momento do disparo. Os dois socorreram Angélica e a encaminharam para o hospital.
“Ele (o marido) já estava no hospital quando chegamos e sabia da morte da mulher. Estava bastante abalado, chorando bastante. Bem angustiado com a situação”, explicou Almeida.
O policial detalhou ainda que o marido da vítima foi encaminhado para a delegacia, onde prestou depoimento.
Já o dono da arma será apenas testemunha do caso, já que as armas de ar comprimido não têm registro.
“O proprietário apresentou a arma. Ele será testemunha. Agora, quem causou, o marido, por mais que não quisesse provocar, no momento assumiu o risco. É uma situação bem complicada e inusitada, infelizmente”, destacou o policial.
OUTRAS MORTES - A primeira mulher morta em 2021 foi Letícia Santos, de 18 anos, em São José do Rio Claro.
Lucinda de Oliveira, de 75 anos, foi a segunda vítima, morta em Sorriso
. A terceira foi Simone Silva de Jesus, em Guarantã do Norte.