



|

Candidatos são sabatinados por produtores rurais
Da Reportagem
Os três principais candidatos ao governo de Mato Grosso foram sabatinados ontem na Famato pelos produtores rurais de Mato Grosso. O primeiro a falar foi o candidato Mauro Mendes (DEM), que dedicou a maior parte da sua apresentação para falar dos problemas advindos de suposta “ineficiência de gestão” do governador Pedro Taques (PSDB), seu principal adversário nesta campanha eleitoral.
"Precisamos simplificar a tributação, diminuir a burocracia, melhor a qualidade da logística para criar mais competitividade. Isso vai expandir nossa economia, e consequetemente a nossa arrecadação", avalia Mauro quanto à necessidade de aprimoramento no Estado.
Um dos problemas apresentados pelo democrata é o suposto desvio da utilização de recursos do Fethab 1 e 2 – que são fundos abastecidos por meio da contribuição financeira dos produtores rurais mato-grossense. De acordo com Mauro, esses recursos que deveriam ter sido utilizados em sua totalidade foram desviados para custeio da máquina pública durante a gestão tucana.
Entre as propostas apresentadas por Mauro está o fortalecimento das Parcerias Público-Privadas (PPP) convencionais e as “caipiras”, que são parcerias no interior do Estado nas quais empresários se disponibilizam a fazer estradas ou pequenas obras que deveriam ser iniciativas do Estado.
O democrata também prometeu enxugar a máquina pública, com redução de secretarias e recuperar a capacidade de investimentos.
O senador Wellington Fagundes, candidato ao governo pelo PR, foi o segundo a falar e também criticou o atual governo. Durante sua fala, afirmou que, caso eleito, uma de suas primeiras medidas será mandar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa prevendo a possibilidades de cassação de mandato do chefe do Executivo Estadual que não cumprir as leis.
Na conversa com o setor produtivo na Famato, Fagundes disse que o atual governador Pedro Taques não cumpre uma série de obrigações. Ele citou como exemplo o Fethab [Fundo Estadual de Transporte e Habitação]. Disse que o tucano usa os recursos para outros fins que não sua destinação para infraestrutura.
“O Fethab é um fundo caro e específico. Sei que causa muita indignação, porque o Governo não cumpre. Existe lei e jamais poderia utilizar esses recursos da infraestrutura para outras finalidades e todos sabem que isso ocorre”, disse.
“No primeiro dia, tomando posse, quero assinar um projeto de lei para que - e claro depende da Assembleia - o governador seja obediente à lei. Em Mato Grosso, vamos mudar a Constituição para que se o governador não cumprir a lei, ele possa ser 'impeachmado'. Ele tem que cumprir seus compromissos”, completou.
O atual governador e candidato a reeleição Pedro Taques foi o último a falar. Taques pediu aos produtores rurais uma nova chance para comandar o Estado. Lembrou da grave crise econômica que enfrentou nos seus quatro anos de governo, além da herança que recebeu do governo Silval Barbosa – réu confesso em vários desvios de recursos públicos. Finalmente, pediu para que façam uma reflexão e escolham o melhor para Mato Grosso.
Pedro Taques agradeceu a pareceria com os produtores rurais e lembrou que em seus quatro anos fez quase 2.500 quilômetros de rodovias. Segundo Taques, o triplo do que Silva Barbosa fez em cinco anos de sua administração.
Os candidatos ao senado das três coligações: Jayme Campos, Carlos Fávaro, Adilton Sachetti e Nilson Leitão também falaram com os produtores rurais.
|
Comentários Deixe aqui sua opinião sobre esse assunto
|

|
 |
Cuiabá Min: 18° Max: 36° |
|
|
|