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Luiz Fux não aceita afastar prefeito Emanuel Pinheiro
Da Reportagem
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB) foi um dos alvos da Operação Malebouge, desencadeada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (14). Os agendes fizeram uma devassa na residência e no gabinete do peemedebista no Palácio Alencastro em cumprimento a mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.
Foram apreendidos uma série de documentos, bem como equipamentos eletrônicos como computadores e celulares. A ação foi acompanhada pelo procurador da república Gustavo Nogami.
Conforme o delegado Murilo Gimenez, na casa do peemedebista foram confiscados dois computadores e um telefone celular, além de alguns documentos. Já na Prefeitura foram apreendidos CPUs e documentos que estavam no gabinete de Emanuel, no sétimo andar do Palácio Alencastro.
A Procuradoria Geral da República chegou a requerer o afastamento do prefeito do cargo. O pedido, entretanto, foi negado pelo ministro tendo em vista que os fatos relatados dizem respeito ao período em que Pinheiro exercia o cargo de deputado estadual e não de chefe do Executivo Estadual.
Por meio de nota, Pinheiro comemorou a decisão do ministro que optou por negar seu afastamento. “O prefeito Emanuel Pinheiro tem também o mesmo entendimento, tanto que vem tratando o assunto como uma questão de ordem pessoal, que cabe a ele cuidar enquanto pessoa física e não como mandatário da Capital. O prefeito também entende que o inquérito judicial é o instrumento adequado para apurar e restabelecer a verdade”, diz trecho da nota.
O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) afirma que o prefeito foi um dos deputados estaduais que receberam propina durante a sua gestão. O atual chefe do Executivo da Capital ocupou uma cadeira na Assembleia Legislativa entre os anos de 2010 a 2014, período em que o peemedebista esteve à frente do Palácio Paiaguás.
Em delação premiada firmada junto a Procuradoria Geral da República (PGR), o peemedebista apresentou uma gravação em vídeo onde aparece o ex-deputado recebendo dinheiro e o guardando em seu paletó. O fato teria ocorrido entre 2012 e 2013.
O dinheiro foi entregue por Sílvio César Corrêa Araújo, ex-chefe de gabinete de Silval e seu braço direito no governo. Conforme o ex-governador, o pagamento era uma espécie de "mensalinho", o qual era pago a diversos parlamentares para garantir apoio ao seu governo.
Na delação, Silval afirma que cada parlamentar recebia cerca de R$ 600 mil para não fiscalizar as obras do MT Integrado. À Procuradoria Geral da República, o peemedebista revelou que se comprometeu a repassar aos deputados entre 3% e 4% de um total de R$ 400 milhões. As obras do MT Ingegrado estavam orçadas em R$ 1,4 bilhão com a promessa de interligar, com malha asfáltica, os 141 municípios mato-grossenses.
De acordo com Silval, o esquema de pagamento aos deputados já estava em vigor na gestão do hoje ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), que o antecedeu no governo do Mato Grosso.
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