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Mãe de Higor se diz inocente sobre morte
Helene Batista quer esclarecer que não tem envolvimento no espancamento, causa apontada pelo laudo do IML, do bebê de 1 anos e 8 meses
| Mãe foi a última que esteve com a criança até sua morte, ocorrida no Pronto-Socorro de Cuiabá |
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ADILSON ROSA
Da Reportagem
A dona-de-casa Helene Batista, de 19 anos, negou ontem qualquer envolvimento com a morte do filho, o bebê Higor Thadeu Batista Moraes, de um ano e oito meses, ocorrida no dia 1º de setembro, no Pronto Socorro de Cuiabá. O laudo de necropsia, divulgado anteontem, aponta que ele morreu vítima de espancamento. A causa foi “choque hipovolêmico causado por objeto contundente”. Em outras palavras, o bebê morreu após ter sido espancado. O laudo aponta que ele tinha hematomas no queixo, tórax e rosto.
Helene disse que se sente na obrigação de esclarecer os fatos porque foi a última pessoa que esteve com o filho. Relatou que, naquele sábado à noite, amamentou o filho e o colocou para dormir. Por volta das 22 horas, foi até o quarto e o encontrou roxo e percebeu que não respirava. Então, pediu ajuda a cunhada, que tentou reanimá-lo. Como não conseguiram, foram de carro até o PSC.
A mãe do bebê disse que Higor apresentava hematomas no queixo em conseqüência de uma estranha queda ocorrida na terça-feira anterior, na creche. A princípio, recebeu a informação de que foi empurrado pelo irmão de três anos. “Depois fui lá (na creche) e me informaram que havia se machucado com um velocípede”.
Separada há oito meses do marido, Tiago Moraes, o casal decidiu em comum acordo que ela ficaria com os filhos nos fins de semana e, ele, durante a semana. “Foi uma decisão nossa”, frisou.
Helene aguardava com ansiedade o resultado do laudo de necropsia, pois a angústia era muita. Traumatizada, ela disse que, por pouco, não foi espancada no PSC. Disse que, a partir de agora, quer que a polícia esclareça o que houve. “É preciso esclarecer os fatos. Quero que tudo seja esclarecido”.
Porém, o caso já é de conhecimento do Conselho Tutelar do Centro, que acompanhava a disputa entre pai e mãe pela guarda definitiva do bebê. Segundo funcionários do órgão, o pai haveria dito que Helene seria usuária de drogas.
Com o resultado, o delegado Márcio Pieroni deverá instaurar inquérito para descobrir quem espancou o bebê até a morte. Além de Helene, deverá ouvir o pai e familiares que cuidavam do bebê. “Será uma investigação normal de homicídio”, explicou um policial da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. O laudo, no entanto, foi entregue na Delegacia do Complexo do Verdão, mas será encaminhado agora para a DHPP.
Higor Thadeu deu entrada no Pronto-Socorro de Cuiabá no dia 1º de setembro, levado pela mãe, com diversos hematomas pelo corpo, e morreu no dia seguinte. O laudo inicial apontava morte motivada por queda, mas era necessário o laudo detalhado para descobrir o motivo.
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