O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, afirmou, ontem (13), que o Estado está devidamente preparado para "receber, fazer a logística e distribuir a vacina" contra a Covid-19, que deverá ser recebida do governo federal. Tanto que também tentou adquirir as vacinas, a exemplo da Pfizer e da desenvolvida pelo Butantan, mas ambas só estão sendo negociadas com a União. Mendes criticou ainda a onda do negacionismo por parte da população influenciada, inclusive, pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).
"O Plano Nacional de Imunização é coordenado pelo governo federal. A vacina do Butantan foi totalmente reservada pelo governo federal. Eu tentei comprar a vacina Pfizer, mas a empresa informou que só trata da vacina com os governos federais. A Pfizer me respondeu oficialmente, por meio de seu diretor. A previsão é que até o final do mês inicie a distribuição das vacinas", afirmou ontem (13), em entrevista à rádio CBN Cuiabá, o gestor relatou que
Mauro Mendes explicou que todas as providências para a vacinação já estão sendo devidamente tomadas junto à Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT) e aos demais órgãos do governo estadual. "Isso não é uma coisa nova, porque várias vacinas já têm essa mesma logística. Estamos preparados para receber, fazer a logística e distribuir aos municípios”, disse.
O chefe do Executivo reforçou que o Estado tem mais de 3 milhões de seringas no estoque do órgão estadual de saúde e já foi feita licitação para compra de mais 11 milhões. “Para essa largada, já dá para vacinar muita gente se tivermos a vacina enviada pelo governo federal", garantiu. Conforme o governador, a logística da vacinação seguirá o Plano Nacional de Imunização (PNI), ou seja, priorizando os profissionais de saúde, grupos de risco e, após, toda a população.
Porém, Mendes alertou a população a continuar tomando as medidas necessárias para frear o avanço do vírus. "Parte da população está agindo como se nada tivesse acontecendo. A máscara todo mundo está usando, mas esse distanciamento necessário não está sendo seguido e isso está aumentando a proliferação desse vírus que tanto mal já trouxe. Alguns estão na onda do negacionismo. Estamos trabalhando para evitar que haja colapso na saúde. Mas o sistema público tem limite", orientou.
Ainda ontem, era para ter sido uma reunião com o Ministério da Saúde (MS), todos os governadores, representantes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF), mas foi cancelada. Já Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve se reunir no próximo domingo (17) para discutir os pedidos de autorização para uso emergencial de vacinas contra a doença e bater o martelo sobre as solicitações. Segundo comunicado oficial da Anvisa, a data é o penúltimo dos 10 dias estipulados como limite para este tipo de exame pela agência reguladora. Pelo menos 50 países já iniciariam a imunização de sua população contra a covid-19.